Persuasão

A persuasão foi abordada primeiro por qual pensador?

A abordagem sistemática da persuasão na retórica foi desenvolvida primeiramente por **Aristóteles**. Em sua obra "Retórica", Aristóteles analisa de forma detalhada os métodos e técnicas usados para persuadir uma audiência em discursos públicos. Ele discute os três principais modos de persuasão (pathos, ethos e logos) e explora como argumentos bem construídos podem influenciar as emoções, crenças e decisões dos ouvintes.

Aristóteles considerava a persuasão como uma habilidade crucial não apenas na política e na oratória, mas também na vida cotidiana, onde o uso eficaz da linguagem e do raciocínio pode levar os outros a aceitarem nossos pontos de vista ou agirem de certas maneiras. Sua abordagem estabeleceu os fundamentos para a teoria retórica clássica e influenciou profundamente o pensamento subsequente sobre a comunicação persuasiva.

Quero saber mais sobre os três principais modos de persuasão (pathos, ethos e logos)

Os três principais modos de persuasão são conceitos fundamentais na teoria retórica desenvolvida por Aristóteles na sua obra "Retórica". Cada um desses modos é utilizado para persuadir uma audiência de maneira eficaz, explorando diferentes aspectos da argumentação e da comunicação. Aqui está uma explicação mais detalhada de cada um:

1. Ethos (Ética):

- Definição: Ethos refere-se à credibilidade, autoridade e ética do orador. É a imagem moral e ética que o orador estabelece para si mesmo na mente da audiência.

- Propósito: O orador usa ethos para ganhar a confiança e a credibilidade da audiência. Isso é feito mostrando que ele é uma pessoa de caráter, competente e confiável para falar sobre o assunto em questão.

- Exemplos: Um político pode usar ethos ao destacar sua experiência, integridade e conhecimento. Um médico pode usar sua formação acadêmica e experiência clínica para ganhar a confiança dos pacientes.

2. Pathos (Emoção):

- Definição: Pathos apela às emoções e sentimentos da audiência. Este modo de persuasão busca mover as pessoas emocionalmente, evocando sentimentos como raiva, piedade, esperança, medo, entre outros.

- Propósito: O uso de pathos visa engajar emocionalmente a audiência, criando uma conexão emocional que pode influenciar suas opiniões e decisões.

- Exemplos: Um discurso político pode apelar ao pathos ao contar histórias emocionais sobre indivíduos afetados por políticas. Um comercial de caridade pode usar imagens emocionais de crianças necessitadas para inspirar doações.

3. Logos (Lógica):

- Definição: Logos refere-se ao uso de argumentos lógicos, razão e evidências para persuadir a audiência. Este modo de persuasão baseia-se na apresentação de fatos, estatísticas, exemplos e raciocínio lógico.

- Propósito: O uso de logos visa convencer a audiência por meio de argumentos racionais e objetivos, mostrando a lógica por trás de uma posição ou ponto de vista.

- Exemplos: Um ensaio acadêmico utiliza logos ao apresentar uma tese apoiada por evidências e argumentos lógicos. Um debate político pode usar logos ao citar dados econômicos para apoiar uma política proposta.

Esses três modos de persuasão não operam de forma isolada, mas frequentemente são combinados de maneira eficaz para aumentar a persuasão de um argumento. Aristóteles acreditava que um orador eficaz deveria ser capaz de utilizar ethos, pathos e logos de forma equilibrada, adaptando sua estratégia conforme necessário para alcançar seus objetivos persuasivos com a audiência.

A dialética pode intervir na persuasão?

Sim, a dialética pode certamente intervir na persuasão, especialmente quando entendemos a dialética não apenas como um método de argumentação, mas também como um modo de explorar e reconciliar contradições ou pontos de vista opostos. Aqui estão algumas maneiras pelas quais a dialética pode influenciar a persuasão:

1. Exploração de diferentes perspectivas: A dialética envolve considerar diferentes pontos de vista e argumentos. Ao explorar diferentes perspectivas de um problema ou questão, um orador pode ganhar uma compreensão mais profunda das preocupações e interesses de sua audiência. Isso permite que o orador adapte seus argumentos de maneira mais eficaz, abordando preocupações e objeções potenciais.

2. Síntese de opostos: A dialética busca encontrar uma síntese ou resolução entre opostos. Em um discurso persuasivo, um orador pode usar a dialética para identificar áreas de convergência entre pontos de vista aparentemente conflitantes. Isso não apenas fortalece o argumento, mas também pode ajudar a construir uma base comum com a audiência, facilitando a persuasão.

3. Refutação de argumentos contrários: A dialética também envolve refutar argumentos contrários de maneira lógica e fundamentada. Ao antecipar e responder a objeções potenciais, um orador pode fortalecer sua posição persuasiva, demonstrando uma compreensão profunda do assunto e aumentando a credibilidade perante a audiência.

4. Desenvolvimento de argumentos complexos: A dialética permite ao orador desenvolver argumentos complexos e matizados, que levam em consideração uma variedade de fatores e nuances. Isso é importante na persuasão, especialmente em questões controversas ou multidimensionais, onde uma abordagem simplista pode não ser eficaz.

Assim, a dialética não apenas pode intervir na persuasão, mas também pode enriquecê-la, proporcionando ao orador ferramentas para explorar, reconciliar e argumentar de maneira mais eficaz e persuasiva. Ao incorporar a dialética em sua abordagem retórica, um orador pode melhorar sua capacidade de influenciar e convencer sua audiência.

Wikipedia

Persuasão (wikipedia)

Persuasão é uma estratégia de comunicação que consiste em utilizar recursos emocionais ou simbólicos pra induzir alguém a aceitar uma ideia, uma atitude, ou realizar uma ação.

É o emprego de argumentos, legítimos ou não, com o propósito de conseguir que outro(s) indivíduo(s) adote(m) certa(s) linha(s) de conduta, teoria(s) ou crença(s).

Segundo Aristóteles, a retórica é a arte de descobrir, em cada caso particular, os meios disponíveis de persuasão.

No âmbito jurídico

A persuasão pode ocorrer de maneira pacífica (verbalmente) ou até mesmo de maneira quase coercitiva (com o uso de graves ameaças e/ou uso de violência).

O ato de persuadir alguém nem sempre depende de uma mente "superior" em detrimento de outra "inferior". Pode acontecer para fins inocentes, mas, dependendo do seu objeto e forma de manipulação, pode acarretar efeitos jurídicos e configurar crime.

De acordo com o preceito primário:

>Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade

— artigo 29 (caput) Código Penal Brasileiro (Dec. Lei 2.848/1940)

Isto é, é perfeitamente possível que alguém responda por crime alheio, uma vez que houve "nexo causal" (relação entre causa e efeito) entre a persuasão e o delito.

Vale ressaltar, ainda na seara jurídica, que persuadir (em forma de coação) alguém a fazer algo que a lei não permita ou que ela não obrigue, também é crime.

>Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda.

— Art. 146 Código Penal Brasileiro

Alguns métodos de persuasão

Elementos persuasivos

Mediante o apelo à emoção

  • Retórica
  • Tradição
  • Propaganda
  • Publicidade
  • Copywriting
  • Controle mental
  • Valores

Metodos de persuasão

1. Ethos (Ética)

- ção: Ethos refere-se à credibilidade, autoridade e ética do orador. É a imagem moral e ética que o orador estabelece para si mesmo na mente da audiência.

- Propósito: ganhar a confiança e a credibilidade da audiência. mostrando que ele é uma pessoa de caráter, competente e confiável para falar sobre o assunto em questão.

- Exemplos: Um político pode usar ethos ao destacar sua experiência, integridade e conhecimento. Um médico pode usar sua formação acadêmica e experiência clínica para ganhar a confiança dos pacientes.

2. Pathos (Emoção)

- ção: apela às emoções e sentimentos da audiência. busca mover as pessoas emocionalmente, evocando sentimentos como raiva, piedade, esperança, medo, entre outros.

- Propósito: visa engajar emocionalmente a audiência, criando uma conexão emocional que pode influenciar suas opiniões e decisões.

- Exemplos: Um discurso político pode apelar ao pathos ao contar histórias emocionais sobre indivíduos afetados por políticas. Um comercial de caridade pode usar imagens emocionais de crianças necessitadas para inspirar doações.

3. Logos (Lógica)

- ção: uso de argumentos lógicos, razão e evidências para persuadir a audiência. Este modo de persuasão baseia-se na apresentação de fatos, estatísticas, exemplos e raciocínio lógico.

- Propósito: visa convencer a audiência por meio de argumentos racionais e objetivos, mostrando a lógica por trás de uma posição ou ponto de vista.

- Exemplos: Um ensaio acadêmico utiliza logos ao apresentar uma tese apoiada por evidências e argumentos lógicos. Um debate político pode usar logos ao citar dados econômicos para apoiar uma política proposta.


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